sábado, 21 de agosto de 2010

RELIGIÃO será que TODAS LEVAM a DEUS?

Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.

Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis, e o tendes visto.

João 14.6-7

Eu já até ouvi dizer por ai: “todos os caminhos levam a Roma, todos os rios dirigem-se para o mar, todas a religiões levam a Deus”. Descobri que abraçar esse tipo de sofisma é o mesmo que incorrer o risco de crer que todos os medicamentos criados em laboratório sem distinção servem para tratar e curar o problema do câncer, isso seria loucura. Sabemos que para cada doença existe uma droga especifica, um tratamento adequado. Não podemos esquecer também que por causa do problema de falsificação, muitos laboratórios para evitar danos maiores a seus usuários, tem providenciado uma marca de identificação especial em seus remédios, tornando impossível a falsificação e dando segurança e legitimidade de seus produtos para quem usa seus medicamentos, tornado possível o seu uso com confiança no tratamento de determinadas doenças.

Por ser espiritual o problema do ser humano, o tratamento desse problema difere muito dos problemas de saúde e das variedades de doença que se desenvolve em seu estado físico.

O problema espiritual é parecido com o câncer (só para ilustrar), porém de uma gravidade que não se pode calcular, tornando impossível o tratamento com qualquer paliativo religioso. Só se resolve com uma reintegração total do homem a Deus.

A essa reintegração o homem chama de religião, que vem do latim: "religio" que significa “ligar novamente", ou simplesmente "religar".

Muito se discute a pratica da religião por exemplo:

Para Immanuel Kant a religião só podia ser entendida no plano da razão. Para Rodolf Bultmam a religião deve se basear na experiência da desmitologização, na busca de um Deus histórico. Para Karl Barth, a religião só podia ser compreendida na perspectiva da transcendência de Deus e a realidade do pecado, como também a soberania de Deus, a graça e a revelação, tendo Deus como o próprio ponto de partida da religião. Para Emil Brunner a religião se compreendia no livre arbítrio, sendo que esse livre arbítrio não lhe conferia salvação, era preciso o homem corresponder à revelação histórica e transcendente de Deus nas relações humanas, pois para Brunner, só a razão não era capaz de solucionar todos os problemas do homem. Para Dietrich Bonhoeffer a religião era a "PRAX" (a pratica distintas entre o que é santo e profano) ou seja viver o que é sagrado enxergando Deus como única realidade pessoal operante na história.

Assim como tudo neste mundo está condicionado ao dualismo que resulta ao verdadeiro e ao falso, ao certo e ao errado existem também dois tipos de religiões: a religião que LEVA e aquela que NÃO leva a Deus, aquela que foi estabelecida por Deus e a que foi criada pelo homem.

Assim como nem todos os remédios diversificados podem tratar de uma mesma doença (pois existem para cada doença um remédio específico) e nem todas as notas que trazem o símbolo da casa da moeda são verdadeiras (por causa dos falsificadores), e uma única pessoa não pode nascer de várias mães ou ser filho de vários pais biológicos, também nem todas as religiões ou igrejas que falam de Deus levam realmente a Deus. esse tipo de sofisma só é bom na teoria, mas na pratica existe muito charlatanismo.

“Todos os caminhos levam a Roma ou a qualquer lugar , todos os rios dirigem-se para o mar, quando não viram mangue ou pantano, mas nem todas as religiões levam a Deus da mesma forma como nem todos os remédios não podem servir para a mesma doença. Que Deus os abençõe”.

Alexandre Rubens [copy-right@2010]